30 agosto 2009

Novos projetos de HQ


Estudo de personagens para uma HQ em parceria com A. Moraes








Estudos para uma adaptação livre para HQ de um texto de Dalton Trevisan

12 agosto 2009

Lançamentos, debates e palestras

Nesta semana participarei de dois eventos bem interessantes. Não percam:


Palestra "Jornalismo na Varanda"
Bate-papo informal com os autores da reportagem em quadrinhos que conta de forma objetiva, criteriosa mas também descontraída os fatos que levaram a criação do coletivo de quadrinistas independentes, Quarto Mundo. A intenção com esta conversa é expor e debater como foi o processo criativo que norteou este trabalho, desde a ideia até a proposta de publicá-la no Informativo do coletivo, passando pela elaboração dos desenhos e a interação entre texto e imagem.
Sábado, 15 de agosto, a partir das 17 horas,
A Quanta fica na rua Dr. José de Queiroz Aranha, 246, próxima ao à estação Ana Rosa do Metrô, em São Paulo. Mais informações pelos fones 11-3214-0553 e 3214-4873. A entrada é franca.
Com Paulo Ramos, Laudo Ferrreira Jr. e Edu Mendes (apresentação).





Lançamento do Manual Prático de Implantação de Treinamentos Corporativos.
(Livro da Carol Olival Trovó que eu ilustrei)
Vai ser no dia 13 de agosto, quinta-feira, com coquetel e mesa redonda com empresas contando como funcionam suas políticas de incentivo e treinamento.

09 agosto 2009

Lacunas # 19

Aquarela sobre papel

05 agosto 2009

Fundação Iberê Camargo-RS, por Álvaro Siza Vieira

Já tive oportunidade de visitar muitos edifícios projetados por Siza Vieira para os mais diversos programas, mas sempre considerei suas obras-primas dois de seus primeiros trabalhos: a Casa de Chá Boa Nova e o Conjunto de Piscinas de Leça da Palmeira.
Agora, depois de uma temporada em Porto Alegre e tendo visitado o novo edifício da Fundação Iberê Camargo, preciso rever essa classificação e colocar esse projeto mais recente no hall dos maiores sucessos do arquiteto português. A Fundação Iberê Camargo é um dos espaços mais impressionantes que já visitei em toda a minha vida. Digna de ser colocada ao lado das obras-primas da arquitetura mundial, o projeto deste edifício sintetiza todo o domínio que Siza tem da circulação, da luz, do contraste entre os materiais e do programa museográfico. Vale a pena pegar um avião de qualquer lugar do mundo para visitar. Importante destacar também que todas as fotos foram tiradas com uma Nikon de bolso sem uso de nenhum tipo de lente extra ou retoque digital.

04 agosto 2009

Jornada Gastronômica pelo Sul

Nas regras de qualquer viajante sério, conhecer a gastronomia do local que se visita é tão imprescindível como visitar Paris e tirar uma foto da Torre Eiffel.
Não se pode comer diariamente em um McDonalds da vida pra economizar dinheiro a ser gasto em outras coisas. Quando se começa uma viagem já se deve reservar dinheiro pros museus, pras lembranças e pros restaurantes.
É curioso como a cultura de um povo se expressa na sua culinária, por isso é vital sempre pedir dicas de restaurantes aos "locais" pra fugir dos restaurantes “turísticos” e se chegar ao que realmente importa.
Nas minhas últimas férias tive a oportunidade de visitar um casal de amigos que vive em Porto Alegre ( Ele, gaúcho. Ela, ex-paulistana convertida ao pampa pelo amor) e eles me conduziram por uma verdadeira exploração culinária pela capital gaúcha.
Em nossa jornada gastronômica, pulemos as castanhas e o lanchinho de peito de peru e queijo da TAM, isso só causa turbulência.

Recém-aterrado em solo riograndense, vá diretamente à Casa de Cultura Mário Quintana, mais precisamente ao Café Santo de Casa, onde o que conta é o ambiente do antigo Hotel Majestic que dá vista para os telhados de PoA e para o Guaíba. Ver o por-do-sol saboreando um belo capuccino e uns pasteizinhos já deixa qualquer um no ponto para uma bela exploração pelos sabores locais.

Em cidade onde se janta tarde, chegue cedo ao Restaurante Via Imperatore. Escolha uma bela mesa e faça o favor de provar o buffet de saladas como todos os seus temperos de azeites e vinagres exóticos. Mas não exagere, porque você ainda vai precisar de muito espaço para as carnes em receitas que você nunca sonhou. Depois disso, meu amigo, só cama mesmo.

Está pela região central, já visitou o Margs, a Matriz, o Mercado e o Santander? Quer relaxar um pouco em um ambiente agradável? Dê uma esticada até o Atelier das Massas. Eu juro que nunca tinha visto um restaurante assim. Exótico é o termo que serve pra definir o ambiente aconchegante, divina é a palavra pras massas. Se estiver frio e você for um fanático por molho de tomate levemente picante não resista ao Ravioli
à Camorra. Não se intimide pelo nome. Vá fundo. Uma esticada pra cerveja (preta por causa do frio) pode cair bem se você não tiver se excedido.

Já passeou pela Redenção, pelos Moinhos de Vento, pelo Iberê Camargo e já andou de barco pelo arquipélago do Guaiba, mas ainda não foi numa churrascaria? Heresia!
Mas você veio de São Paulo onde tem uma churrascaria gaúcha em cada esquina? Então só tem uma solução: fuja do óbvio. Um rodízio de carne na grelha é a melhor pedida. Tem um lugar certo pra isso: Grelhatus. Churrascaria agradável com mesas espaçosas pra você se esparramar saboreando carne de primeira. Bom, não vou me espantar se você trocar a cervejinha programada pro fim da noite pelo buffet de sobremesas. Aquele prato montanha com pavês, pudins e doces variados vai te tirar de circulação até o dia seguinte.

Último dia na cidade e você já não espera nenhuma surpresa, pois só mata o tempo enquanto não chega a hora de ir pro aeroporto, mas não se espante se descobrir uma doceria fantástica com beirais gaudianos, chamada Maomé, enquanto circula nas imediações do Parque Farroupilha. Pode virar muçulmano depois dessa.


Por fim só posso agradecer ao Lauro, a Ciça, a Maria e aos seus gatos (os verdadeiros donos da casa) por me acolherem tão bem num dos invernos mais rigorosos que os Pampas já viram.

Essa postagem foi inspirada pela leitura de "Gourmet" de Jiro Taniguchi e Masayuki Qusumi.

Ps: Curiosamente, voltei pra SP com um livro gaúcho chamado Canibais pra ler.



O café é tão grave, tão exclusivista, tão definitivo
que não admite acompanhamento sólido. Mas eu o driblo,
saboreando, junto com ele, o cheiro das torradas-na-manteiga
que alguém pediu na mesa próxima.

Mário Quintana