15 novembro 2006

Minhas escolhas na 27ª Bienal de Artes de SP

Armando Andrade Tudela
Nascido em 1975, em Lima
Vive e trabalha em Maastrich, na Holanda
É um multiartista: assina maquetes, esculturas, colagens (em papel e outdoors) e guache sobre papel, com o propósito declarado de subverter as condições em que signos e símbolos se estabelecem como elementos fixos e estáticos.


Cláudia Cristóvão
1973, Luanda (Angola). Vive em Amsterdã (Holanda).
Nos últimos anos, a angolana Cláudia Cristóvão desenvolveu uma seqüência de trabalhos relacionados ao meio cinematográfico. Seus filmes desvelam uma grave tensão entre espaço público e os indivíduos, com narrativas carregadas de emoções e propensas a apagar as fronteiras entre ficção e realidade. Em telas de cristal líquido, as obras estabelecem um diálogo íntimo com o observador. Com Fata Morgana, a artista aborda pela primeira vez sua herança pós-colonial, retratando portugueses nascidos na África que avaliam sua própria identidade.


Susan Turcot
Nasceu no Canadá e hoje vive em Berlim.
Foi convidada da Bienal para ser artista residente no país. Decidiu ir para o Acre, e pesquisou imagens de satélite da região, que serão matéria-prima para desenhos. Além disso, deve organizar oficinas de sons e imagens artísticas.





Kristina Solomoukha
1971, Kiev, Ucrânia
Residente em Paris, França
O trabalho da artista gira em torno da reflexão sobre o espaço urbano, que atua tanto como sujeito de acontecimentos históricos como base para as utopias de seus habitantes. Um destes trabalhos foi produzido no Brasil em 2005, durante sua residência no Edifício Copan, em São Paulo-SP, obra que foi produzida a partir de bases conceituais similares às apresentadas em locais como a Akademie der Künste, em Berlim, Alemanha (2000); Fiacre, Nova York, EUA (2000); Quartier Éphémère, Montreal, Canadá (1999); e Villa Médicis Hors Les Murs, Berlim, Alemanha (1997).


Léon Ferrari
Nasceu em Buenos Aires em 1920. Vive e trabalha em Buenos Aires, Argentina.
Viveu em São Paulo, como exilado político, de 1976 a 1984. Em 1991 voltou a viver em Buenos Aires.
A polêmica sempre rondou seu trabalho, de conteúdo fortemente político. A exposição "León Ferrari 1954-2004", no Centro Cultural de Recoleta, em Buenos Aires, foi fechada por pressão de uma organização católica que a considerou "blasfema". O artista, que sempre viu a imagem católica do inferno como uma justificativa da Igreja para matar e torturar gente desde a época das cruzadas até as ditaduras latino-americanas da década de 1960 e 70, expôs a obra "Cristo crucificado en un avión de combate". Nela, a figura do Cristo está presa a um avião de combate norte-americano.

Nenhum comentário: